quarta-feira, 27 de março de 2013

Ovo centenário de ave extinta da África vai ser leiloado em Londres


27/03/2013 10h52 - Atualizado em 27/03/2013 13h08

Objeto subfossilizado é cem vezes maior do que ovo de galinha.
Valor de venda é estimado em até 35,4 mil euros, diz agência.


O ovo centenário de uma espécie extinta de ave que era nativa da Ilha de Madagascar, na África, vai ser leilado em Londres no dia 24 de abril, segundo agências internacionais. De acordo com a Associated Press, o ovo pertence à ave-elefante (da família Aepyornithidae), também conhecida como vorompatra, e tem aproximadamente 400 anos de idade.

O objeto, que é cerca de cem vezes maior que um ovo de galinha comum, está subfossilizado (quando os restos de um organismo ficam preservados após centenas de anos, mas ainda não completaram o processo de fossilização) e não possui vida.
O valor do ovo, que vai ser vendido na famosa casa de leilões Christie's, é estimado entre 23,6 mil euros (cerca de R$ 60 mil) e 35,4 mil euros (cerca de R$ 91,5 mil), disse nesta quarta-feira (27) a agência americana Associated Press.
O ovo, que data de um período anterior ao século 17, mede 21 centímetros de diâmetro e 30 de altura. A ave-elefante era uma das aves mais pesadas do mundo. Apesar do tamanho grande, sua extinção ocorreu possivelmente devido às ações humanas, segundo o jornal americano "The New York Times".
O ovo centenário de uma espécie extinta de ave que era nativa da Ilha de Madagascar, na África, vai ser leilado em Londres no dia 24 de abril. (Foto:  Justin Tallis/AFP)A estimativa da casa de leiões é que o ovo valha de R$ 60 mil a R$ 91,5 mil (Foto: Justin Tallis/AFP)
Ovo subfossilizado de ave-elefante, que tem cerca de 400 anos (Foto: Matt Dunham/AP)Ovo subfossilizado de ave-elefante, que tem cerca de 400 anos (Foto: Matt Dunham/AP)
Esqueleto de ave-elefante é exposta no Museu de Arte e Arqueologia da Universidade de Madagascar, em Antananarivo (Foto: Martin Harvey/Getty Images)Esqueleto de ave-elefante, extinta desde o século 17, é exposta ao lado de um ovo no Museu de Arte
e Arqueologia da Universidade de Madagascar, em Antananarivo (Foto: Martin Harvey/Getty Images)
FONTE: G1

Comunidades do AM mapeadas por projeto premiado são ameaçadas.


Comunidades do AM mapeadas por projeto premiado são ameaçadas.

Comunidades tradicionais da zona rural de Manaus mapeadas num projeto premiado nos Estados Unidos estão ameaçadas de desaparecer.
As terras foram desapropriadas pelo governo do Amazonas para a instalação de um distrito industrial naval.
Os territórios dessas comunidades foram mapeados de 2005 a 2011 pelo sistema de satélites do projeto "Nova Cartografia Social da Amazônia", premiado em 2011 pela Fundação Ford, nos EUA, com US$ 100 mil e liderado pelo antropólogo Alfredo Wagner Berno de Almeida, pesquisador da Universidade Federal do Amazonas.
As terras fazem limites com imóveis de empresários, do Exército e da União.
Excluídos de consulta prévia sobre o megaempreendimento, líderes das 19 comunidades afetadas dizem que vão pedir à Justiça a revisão do decreto, assinado pelo governador Omar Aziz (PSD) em outubro do ano passado.
A Comissão Pastoral da Terra, da Igreja Católica, relatou o caso ao Ministério Público Federal, que abriu inquérito civil. "O governo deveria ter antecipado uma consulta às comunidades", afirma o procurador da República Leonardo Macedo.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Falta de chuvas reduz vazão de reservatórios do Rio São Francisco


20/03/2013 08h34 - Atualizado em 20/03/2013 20h49

Falta de chuvas reduz vazão de 



reservatórios do Rio São Francisco


Diminuição da vazão será no reservatório de Sobradinho e Xingó.
Prejuízos atingem principalmente as bacias entre Alagoas e Sergipe.

Do G1 AL, com informações da TV Gazeta

O cânion do Rio São Francisco, no reservatório de Xingó, entre Alagoas e Sergipe, foi retratado pela leitora Angela Meurer Moreira (Foto: Angela Meurer Moreira/BBC )O cânion do Rio São Francisco, no reservatório de
Xingó, entre Alagoas e Sergipe.
(Foto: Angela Meurer Moreira/BBC )
Na semana em que é comemorado o Dia Mundial da Água, na sexta-feira (22), o  Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco alerta para a situação dos reservatórios da região. O presidente do comitê, Anivaldo Miranda, informou na manhã desta quarta-feira (20) que haverá uma redução da vazão das águas de dois dos principais reservatórios do Rio São Francisco, Sobradinho e Xingó.
O motivo da diminuição no volume das águas é a redução das chuvas na região do médio, submédio e baixo São Francisco. Segundo Miranda, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já foi autorizado pela Agência Nacional de Água (ANA) para realizar essa redução, que deve ser de março a novembro deste ano. A diminuição será mais prejudicial nos trechos do Rio São Francisco na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe.
A redução será de 1.300 metros cúbicos de água por segundo para 1.100m³. A medida, segundo o relatório da ONS, é fundamental para promover adequadas disponibilidades de geração e o atendimento dos requisitos de uso múltiplo da água para os anos de 2013 e 2014. Somente em Alagoas, 49 municípios fazem parte dessa bacia.
“A medida vai regulamentar a quantidade de água que chega à foz do rio. Eles passam a reter mais água, o que é preocupante devido aos prejuízos que podem causar não só para a população ribeirinha como para empresas distribuidoras de água e energia e também pode afetar a biodiversidade”, destacou o presidente do comitê.
Fonte: G1

Pandas serão 'exportados' da China para o Canadá para preservar espécie.


Pandas serão 'exportados' da China para o Canadá para preservar espécie.

Dois animais serão transportados por avião nos próximos dias.
Eles vão viver dez anos entre os zoológicos de Toronto e Calgary

Dois exemplares de urso panda serão “exportados” da China para o Canadá nos próximos dias em uma ação que tem o objetivo de preservar a espécie, considerada ameaçada de extinção. Os mamíferos serão transportados pela FedEx em um avião especial e vão ser acompanhados por especialistas em vida selvagem chineses e canadenses.

A previsão é que ursos saiam de Chengdu e cheguem a Toronto no dia 25 de março, em um voo que deve durar até 18 horas. A fêmea Er Shun, de cinco anos, e o macho Da Mao, de quatro anos, vão morar por cinco anos no zoológico de Toronto e mais cinco anos no zoológico de Calgary.

É o primeiro empréstimo de pandas-gigantes (Ailuropoda melanoleuca) a zoológicos canadenses, o que permite aumentar os esforços internacionais de preservação da espécie.
De acordo com ambientalistas, existem pouco mais de 2 mil pandas vivendo livremente na natureza, sendo que a maioria vive em apenas seis regiões montanhosas da China, que permanecem isoladas.
Eles foram classificados como ameaçados e foram inseridos na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Os principais motivos de redução de pandas são o aumento da população humana e expansão da infraestrutura.
O panda macho batizado de Da Mao, que atualmente vive na China e será levado para o Canadá (Foto: Divulgação/FedEx)
Fonte: g1.com.br

terça-feira, 19 de março de 2013

Ponte cede em Manaus


Ponte cede durante forte chuva e corre 




risco de desabar, em Manaus



Água atingiu altura de 5m, segundo major Wellington da 20ª Cicom.
Comerciantes perderam produtos e área foi isolada pela Polícia Militar

Após a chuva que atingiu a cidade de Manaus na tarde desta terça-feira (19), parte da ponte que dá acesso para a Vivenda Verde, no Bairro Tarumã, Zona Oeste, cedeu com o peso da água e assustou os moradores com o perigo de desabar a qualquer momento.
Segundo o major Wellington Silva, comandante da 20ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o local foi interditado por policiais militares por volta das 15h.
Água da chuva escoa de outros bairros e se acumula sob ponte no Tarumã (Foto: Tiago Melo/G1 AM)Água da chuva escoa de outros bairros e se acumula sob ponte no Tarumã (Foto: Tiago Melo/G1 AM)
"Devido ao perigo de desabamento, isolamos o local, para a segurança dos moradores e estamos aguardando a chegada dos órgãos competentes", disse o major. "Já acionamos a Defesa Civil, a Prefeitura de Manaus e a Seminf. O que cabe à Polícia Militar já foi feito. Isolamos a área considerada de risco e agora temos que aguardar a chegada dos técnicos", completou o comandante da 20ª Cicom.
De acordo com o major, após a chuva, a água acumulada em outros bairros, como Campo Sales, Parque São Pedro e Parque Solimões, escoam para a ponte do Tarumã. "Toda essa água acumulada vem desaguar aqui no Tarumã e com o peso parte da ponte cedeu", disse.
Chuva atingiu altura de 5m; comércios e casas foram afetadas pela chuva em Manaus (Foto: Tiago Melo/G1 AM)Chuva atingiu altura de 5m; comércios e casas foram afetadas pela chuva em Manaus (Foto: Tiago Melo/G1 AM)
O comerciante Albanor Nogueira, de 63 anos, que teve seu comércio, Mercado Rei do Gado, alagado. "Dessa vez perdi. Perdi minhas estivas, geladeiras, freezers, tudo. Mais de cinquenta mil reais em equipamentos e mercadoria". Segundo seu Albanor, esta não é a primeira vez que isto acontece. "É bem a oitava vez só esse ano que meu comércio alaga. Já chamei a prefeitura e nada. Só vem tirar a foto e vão embora", afirmou Albanor, que há 15 anos possui o mercado.
Outro comerciante afetado pela enchente foi Wellington Oliveira, de 36 anos, que teve parte da cozinha destruída. "Estava aqui na hora da chuva e ajudei o compadre Albanor a limpar o mercadinho dele. Foi estrago total. E não é a primeira vez, quase todo mês tem uma enchente desse tipo e temos que limpar tudo. A gente salva o que der, né?", comentou.
A Prefeitura de Manaus informou que a área é de responsabilidade do Governo do Estado. Técnicos da Secretaria Estadual de Infraestrutura foram ao local para verificar a situação.
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Comércio O Rei do Gado teve parede desabada com força da chuva (Foto: Tiago Melo/G1 AM)Comércio O Rei do Gado teve parede desabada com força da chuva (Foto: Tiago Melo/G1 AM)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Área de proteção integral é melhor contra desmate


12/03/2013 - 03h20

Área de proteção integral é melhor contra desmate

DE SÃO PAULO

Um estudo publicado na revista "PNAS" indica que, na hora de evitar o desmatamento da Amazônia, áreas de proteção integral são mais eficazes do que as que permitem a exploração sustentável dos recursos naturais.

Nas áreas de proteção, não é permitido retirar qualquer recurso natural. Nas de exploração, é possível extrair itens como castanhas e óleos de árvores, por exemplo.
Em determinados contextos, quando as pressões de desmatamento são grandes, as reservas indígenas demarcadas também têm um bom resultado em evitar que a floresta seja derrubada.
A discussão sobre a melhor maneira de proteger a floresta tropical há muito tempo divide os ambientalistas.
Agora, um grupo de cientistas, com a participação de Britaldo Silveira Soares Filho, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), analisou dados de sensoriamento remoto de 292 áreas de preservação.
O estudo destaca que, embora todas as formas de proteção tenham contribuído para diminuir o desmatamento na Amazônia --que atingiu no ano passado sua menor taxa histórica--, a proteção integral ainda manteve mais floresta em pé.
Fonte:Folha de São Paulo

Animal vivo em embalagem plástica é vendido como amuleto na China


Animal vivo em embalagem plástica é vendido como amuleto na China


Pequenas bolsas contêm oxigênio e líquido com nutrientes.
Com esse suprimento, bichos podem viver até dois meses.

Animais em pequenas bolsas de plástico, contendo oxigênio e um líquido com nutrientes, são vendidos como amuletos da sorte na China, como mostram as imagens da Reuters feitas em Pequim. O ar e o alimento são suficientes para manter os pequenos peixes, tartarugas e salamandras vivos por dois meses, segundo vendedor ouvido pela agência de notícias. O preço é 10 iuan, o equivalente a R$ 3,16.

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Animais vivos em embalagens de plástico (Foto: Reuters/Kim Kyung Hoon)Animais vivos são vendidos em embalagens de plástico (Foto: Reuters/Kim Kyung Hoon)
 (Foto: Reuters/Kim Kyung Hoon)O líquido e o oxigênio dentro da embalagem permite que os bichos vivam até 2 meses.  (Foto: Reuters/Kim Kyung Hoon)
Mulher exibe pequenas tartarugas dentro de sacos plásticos, à venda em uma loja de Pequim, na China. Cada saco contém oxigênio e líquido nutritivo capaz de manter o animal vivo por dois meses. As peças servem de 'amuleto' e saem por cerca de R$ 3,20 cada. (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)Mulher exibe pequenas tartarugas dentro de sacos plásticos, à venda em uma loja de Pequim, na China. (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)

terça-feira, 12 de março de 2013

Primeira votação ainda não elege o novo Papa


Primeira votação tem fumaça preta, e 




conclave ainda não elege novo Papa



Votações prosseguem nesta quarta (13) na Capela Sistina, no Vaticano.
Cardeais escolhem o sucessor de Bento XVI no comando da Igreja Católica.


Os cardeais reunidos no conclave na Capela Sistina, no Vaticano, não conseguiram escolher o novo Papa na primeira votação, realizada nesta terça-feira (12).
A fumaça preta se ergueu da chaminé da Capela Sistina, onde ocorre a reunião secreta dos cardeais, às 19h41 locais (15h41 de Brasília), segundo o Vaticano, durante vários minutos, indicando que nenhum participante obteve a maioria de dois terços dos votos necessária para eleger o novo pontífice.
O público que estava na Praça de São Pedro, sob chuva e frio, e que esperava a fumaça branca e os sinos que indicariam a escolha de um novo Papa recebeu a fumaça preta produzida pela queima dos votos dos cardeais com decepção. Logo depois, a praça ficou vazia.
Com o fim da primeira votação, os cardeais seguem confinados na Casa de Santa Marta, e o conclave para eleger o sucessor de Bento XVI continua nesta quarta-feira, com duas votações pela manhã e outras duas à tarde, ou até que um dos participantes obtenha os 77 votos necessários ou mais para ser escolhido o novo Papa.
A eleição do novo pontífice ocorre após a surpreendente renúncia do agora Papa Emérito Bento XVI, anunciada em 11 de fevereiro e efetivada em 28 de fevereiro, e que criou uma situação praticamente inédita para a Igreja moderna, em que dois pontífices, um atuante e outro "aposentado", devem coabitar o Vaticano, a poucos metros um do outro.
O alemão Josef Ratzinger deixou o cargo após oito anos de um pontificado marcado por crises e divisões internas.
Ele deixa para seu sucessor desafios como os escândalos relativos aos casos de pedofilia no clero de vários países, as disputas internas na Cúria Romana e a expansão do secularismo e de religiões concorrentes.
O cardeal brasileiro Dom Odilo Pedro Scherer é citado, pela imprensa e por analistas, comoum dos cotados para ser o novo Papa, ao lado do italiano Angelo Scola, mas a previsão é de a eleição difícil, sem favorito absoluto.
Cardeais ouvidos pela agência Reuters nesta terça afirmaram que a decisão poderia levar cerca de 5 dias.
Segundo informou o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, pouco depois de fecharem as portas da capela, os cardeais que entraram na Capela Sistina para eleger o novo Papa estão "em muito boa forma".
Missa Pro Eligendo Pontifice
Mais cedo, Dom Angelo Sodano, cardeal decano da Igreja Católica, apelou pela "colaboração" e pela "unidade" dentro da Igreja, durante a missa Pro Eligendo Pontifice, que precedeu o conclave.
Todos os cardeais presentes em Roma, eleitores ou não, participaram na cerimônia, uma das mais intensas dos últimos anos. Eles entraram na Basílica de São Pedro com semblante sério e concentrado.
Sodano exortou os cardeais a "colaborar para edificar a unidade da Igreja" e "cooperar com o sucessor de Pedro". "Estamos convocados a cooperar com o Sucessor de Pedro, fundamento visível de tal unidade eclesiástica', afirmou o influente cardeal.
"Eu os exorto a se comportarem de maneira digna, com toda humildade, mansidão e paciência, suportando-se reciprocamente com amor, tentando conservar a unidade do espírito por meio do vínculo da paz", disse Sodano, em referência à carta de São Paulo aos Efésios.
Ao ser citado pelo cardeal decano, o Papa Emérito Bento XVI, que está repousando na residência papal de verão em Castel Gandolfo, foi bastante aplaudido.
Sodano afirmou que o pontificado de Bento XVI foi "luminoso" e expressou a gratidão dos cardeais ao Papa Emérito, pedindo a Deus que dê "outro bom pastor à sua Santa Igreja". "Queremos agradecer ao Pai que está nos Céus pela amorosa assistência que sempre reserva a sua Santa Igreja e em particular pelo luminoso pontificado que nos concedeu com a vida e as obras do 265º sucessor de Pedro, o amado e venerado pontífice Bento XVI, ao qual neste momento renovamos toda a nossa gratidão", disse.
No sermão, o cardeal também citou os Papas João Paulo II e Paulo VI, alem de lembrar o trabalho importante da Igreja nos últimos anos, que tem impacto não apenas entre os fieis, mas em diferentes culturas.
“Oremos para que o próximo Papa possa continuar esse incessante trabalho de nível mundial”, afirmou.
Cardeais assistem à missa Pro Eligendo Pontifice nesta terça-feira (12) na Basílica de São Pedro, no Vaticano (Foto: AFP)Cardeais assistem à missa Pro Eligendo Pontifice nesta terça-feira (12) na Basílica de São Pedro, no Vaticano (Foto: AFP)
Cardeais concentrados
A missa atraiu principalmente pessoas ligadas à Igreja, como seminaristas, padres e freiras, e também fiéis. Dentro da Basílica, todos estavam muito atentos às orações e respeitosos aos ritos.
O máximo de conversa ouvida durante a missa foi a tradução das palavras para outros idiomas entre pessoas próximas – a missa foi celebrada basicamente em latim e italiano, com a primeira leitura em inglês e a segunda em espanhol-, além de orações dos fieis em cinco outros idiomas, incluindo o português.

Para conseguir um lugar sentado – especialmente perto do altar, onde ficaram os cardeais – foi preciso acordar cedo.
Às 9h, uma hora antes do início da missa, todos os lugares sentados já estavam ocupados. Muitas pessoas ficaram em pé nas laterais. Pouco antes do inicio da missa, o rosário foi rezado em latim.

Na entrada dos cardeais, nem mesmo os religiosos tiveram cerimônia – centenas de câmeras fotográficas e celulares foram levantados para registrar imagens dos homens que irão eleger o próximo pontífice a partir desta tarde. Quase todos os cardeais entraram concentrados, com semblante sério.
Alguns, entretanto, se destacavam – foi o caso do brasileiro Dom João Braz de Aviz, que entrou e saiu muito sorridente, visivelmente emocionado, olhando os fieis nos olhos e cumprimentando-os com o olhar.
O norte-americano Timothy Dolan, arcebispo de Nova York ,também era só sorrisos na entrada e na saída dos cardeais – ele chegou ate a arriscar acenos para os fiéis.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Ambientalistas se dividem entre mico-leão-dourado e o muriqui para mascote da Rio-16


02/03/2013 - 04h30

Ambientalistas se dividem entre mico-leão-dourado e o muriqui para mascote da Rio-16

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

As Olimpíadas de 2016 ainda estão longe de começar, mas já têm uma grande disputa. Simpáticos, atléticos e 100% brasileiros, o mico-leão-dourado e o muriqui competem pela vaga de mascote oficial do evento.
Os dois têm argumentos de peso. São carismáticos, endêmicos da mata atlântica e seriamente ameaçados.
Espécie de pop star da fauna brasileira, o mico-leão-dourado tem a seu favor justamente essa fama.
A agressiva campanha para salvar a espécie, que dominou a mídia há 20 anos -quando as discussões ambientais ainda eram bem menos comuns- tornou sua juba avermelhada conhecida em vários cantos do planeta.
"Esse animal é a cara do sucesso. Tem uma história linda, de engajamento da sociedade. Vem gente de todo lugar do mundo só para conhecê-lo", diz Luís Paulo Ferraz, diretor-executivo da ONG Associação do Mico-Leão-Dourado, que encabeça a campanha do macaquinho.
Editoria de Arte/Folhapress
O esforço para salvar o animal tem reconhecimento em todo o mundo. Em pouco mais de duas décadas, a população na natureza saltou de cerca de 200 indivíduos para os atuais 1.700. Uma vitória conseguida principalmente pela proteção e recuperação da área de mata atlântica na qual eles vivem.
"E, além de tudo isso, o mico-leão-dourado ainda é da cor da medalha de ouro", brinca o ambientalista.
Modesta, a campanha pelo loiro-ruivo mais famoso das florestas se apoia principalmente nas redes sociais.
Do outro lado da disputa, o muriqui, maior primata das Américas, tem um time estrelado de apoiadores, como Gilberto Gil e Chico Buarque, que aparecem em um caprichado vídeo de divulgação da campanha, encabeçada pelo Instituto Ecoatlântica.
"O muriqui está para o Brasil como o panda gigante está para a China", diz Russell Mittermeier, presidente da Conservação Internacional e estudioso de primatas.
Mittermeier e a ONG estão ajudando na internacionalização da campanha do muriqui, que tem ainda o apoio do governo do Rio de Janeiro.
"Justamente por ser um animal menos conhecido, ele merece essa chance de aparecer. O mico também está ameaçado, mas a situação do muriqui é alarmante", diz Mittermeier. A estimativa é que, no Estado do Rio de Janeiro, haja apenas 160 deles.
Apesar da repercussão de ambas as campanhas, não há garantia de que uma das espécies seja a escolhida.
Não existe uma candidatura oficial, e o tema do mascote é livre. Ele será escolhido entre as propostas apresentadas pelas 15 agências de comunicação convidadas pela organização das Olimpíadas para enviar propostas de aparência e conceito.
Ou seja, antes de conquistar o mundo, muriqui e mico-leão terão de conquistar os publicitários participantes.
O resultado só sai em 2014, mas os cientistas estão otimistas. A definição do tatu-bola, também muito ameaçado, como mascote da Copa de 2014 é considerada um sinal de que a questão ambiental será determinante.
Já os apoiadores dos dois primatas vão além: torcem para que haja mais de um mascote oficial.
QUEM SERÁ O MASCOTE?
A escolha será feita em 2014. O comitê organizador pediu para que 15 agências de comunicação pensassem no visual de mascotes que representassem o Brasil e o espírito olímpico, mas não existe uma lista pré-definida de candidatos
Fonte: Folha de São Paulo

Comércio on-line de marfim ameaça elefantes africanos, dizem ambientalistas


Comércio on-line de marfim ameaça elefantes africanos, dizem ambientalistas

DA ASSOCIATED PRESS

Ambientalistas afirmam que há uma nova ameaça à sobrevivência dos elefantes africanos, quase tão mortal quanto as balas dos caçadores: o mercado negro de marfim pela internet.
Presas retiradas ilegalmente são compradas e vendidas em fóruns na internet e em sites de leilão pelo mundo com cada vez mais frequência e isso inclui a gigante Google, segundo os ativistas. Grupos de defesa da vida selvagem reunidos na Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas em Bancoc, na Tailândia, nesta semana, pedem leis mais duras para coibir esse comércio.
A matança de elefantes, que tem aumentado muito nos últimos 20 anos, está ganhando força por causa da maior demanda pelas presas na Ásia, onde são entalhadas e viram ornamentos e suvenires.

Caça de elefantes»

Sala na agência filipina de vida selvagem cheia de presas de elefante, parte de um carregamento ilegal que passou pelo país vindo da TanzâniaAnteriorPróxim
"A internet é anônima, está aberta 24 horas por dia. A venda de marfim on-line é uma atividade de baixo risco e alto lucro para os criminosos", afirma Tania McCrea-Steele, do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal.
Em uma investigação no ano passado, a entidade achou 17.847 produtos de marfim listados em 13 sites chineses. O país é o principal destino para o "marfim de sangue" exportado da África por contrabandistas e milícias rebeldes fortemente armadas.
O fundo afirma que o comércio on-line ilegal também é um problema nos EUA, incluindo o site de leilões eBay, e também na Europa, especialmente em países com ligações coloniais com a África.
Os vendedores usam códigos como "osso de búfalo", "ouro branco", "frio ao toque" e mandam o produto por correio.
Segundo a Agência de Investigação Ambiental, o site de compras da Google no Japão tem 10 mil anúncios de marfim.
Cerca de 80% dos anúncios são de "hanko", pedaços de madeira com letras de marfim usadas para colocar selos em documentos oficiais. Os demais são de entalhes e outros objetos.
Segundo a agência, as vendas dos selos criam uma demanda grande para o marfim dos elefantes.
"Enquanto os elefantes estão sendo massacrados na África para a produção de bugigangas de marfim, é um choque descobrir que a Google, com recursos enormes à sua disposição, não faz cumprir suas próprias políticas para ajudar a proteger os animais ameaçados", afirmou Allan Thorton, presidente da entidade.
A Google afirmou, por e-mail, que "anúncios de produtos obtidos a partir de animais ameaçados não são permitidos". "Assim que detectados que um anúncio viola nossa política de anúncios, nós o removemos."
Segundo estimativas, havia 5 milhões de elefantes no continente africano há cerca de 70 anos. Hoje, só sobraram alguns milhares.
Nos últimos 12 meses, acredita-se que 32 mil elefantes tenham sido mortos da África, segundo dados da Fundação Born Free. O negócio é lucrativo: 450 g de marfim são vendidos por US$ 1.300, de acordo com a fundação.
Fonte: Folha de São Paulo

Cobra de duas cabeças


''Cobra de duas cabeças''




A cobra amphisbaena conhecida como cobra de duas cabeças e totalmente inofensiva mas muito brava.
Ela recebe o nome de cobra de duas cabeças porque o fim de sua calda é clara como a cabeça confundido com a verdadeira.
Muitas pessoas pensam que a amphisbaena não é um réptil e sim um anfíbio pois ela lembra uma minhoca.
Essa cobra é diferente de todas as outras, pois ao enves de perceber as coisas com sua língua no ar ela precisa tocar em algo para perceber.
As amphisbenas são animais de corpo cilíndrico e alongado, e com cauda curta e arrendondada,e seus olhos bem pequenos.
O crânio destes indivíduos é bastante rígido e permite com que deem golpes com a cabeça, para abrirem túneis, contribuindo para a aeração do solo, assim como as minhocas.

Hugo Chávez


Venezuelanos se preparam para novas eleições pós-Chávez

Claudia Jardim
De Caracas para a BBC Brasil
Atualizado em  6 de março, 2013 - 05:35 (Brasília) 08:35 GMT


Anúncio da morte de Chávez provocou consternação entre os simpatizantes do presidente

      Após a notícia da morte do presidente Hugo Chávez, nesta terça-feira, os venezuelanos se preparam nos próximos dias para o anúncio de novas eleições presidenciais antecipadas.
      Chávez morreu na tarde da terça-feira, aos 58 anos, após lutar por quase dois anos contra um câncer que se alojara inicialmente na zona pélvica.
      Em meio à agitação pública por sua morte, os venezuelanos terão de decidir entre dar continuidade à "revolução bolivariana" liderada por Chávez nos últimos 14 anos, ou mudar o rumo do governo do país.
      De acordo com a Constituição venezuelana, no caso de morte do chefe de Estado um novo pleito deve ser convocado em 30 dias. A expectativa é de que a data do novo pleito seja anunciada após o período de luto oficial, decretado por sete dias.
      A data das eleições pode coincidir, inclusive, com a semana do 13 de abril, considerada histórica para o chavismo - foi quando Chávez retornou ao poder após o fracassado o golpe de Estado contra seu governo, em 2002.
      Milhares de pessoas devem acompanhar o cortejo dos restos mortais do presidente nesta quarta-feira que sairá do Hospital Militar de Caracas até a base militar Forte Tiúna, onde seu corpo será velado durante três dias. Na sexta-feira, está marcada uma cerimônia com a presença dos presidentes do continente. O local do enterro ainda não foi revelado.

Disputa esperada

      O governador opositor Henrique Capriles deve ser confirmado como adversário de Maduro
      Espera-se agora uma disputa nas urnas entre o vice-presidente Nicolás Maduro, apontado como herdeiro político da revolução pelo próprio Chávez, e o governador Henrique Capriles, derrotado por Chávez na eleição presidencial de novembro.
      Esta será também a primeira prova de fogo para o chavismo como movimento político, já que não contará mais com Chávez.
      Mesmo antes do anúncio do falecimento do líder, o clima no país já era de pré-campanha.
Capriles e os demais dirigentes da oposição têm tido cautela e respeito para tratar a morte do presidente, indicando um chamado ao diálogo.
      "Esta não é a hora da diferença, é a hora da união, a hora da paz", disse Capriles ao ler um comunicado da coalizão opositora. "A Venezuela não pode se dar ao luxo de excluir ninguém. Aqui se impõe um diálogo nacional sincero entre todos os setores da vida venezuelana", afirmou.

Segurança sob controle

      Apesar da tensão latente entre os simpatizantes de Chávez e os opositores, a segurança do país está sob controle, segundo analistas. "A chave da estabilidade está no chamado às eleições, que ocorrerá em breve", afirmou à BBC Brasil o analista político Luis Vicente León, presidente da Consultoria Datanalisis.
      Maduro, que já vinha na prática administrando o governo, assume interinamente a Presidência até as eleições, de acordo com o ministro de Relações Exteriores Elias Jaua.
      A interpretação do governo, amparada na interpretação do Tribunal Supremo de Justiça, que determinou a continuidade administrativa do governo Chávez e adiou indefinidamente sua posse, pode abrir caminho para um novo imbróglio jurídico sobre quem governa o país até a realização das eleições.
      A Constituição previa que, na sua ausência, o vice-presidente assume interinamente. A outra interpretação possível é que Chávez não chegou a formalizar a posse de seu novo mandato. De acordo com a lei, neste caso, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, poderia assumir interinamente o cargo.
      Para o analista Luis Vicente León, o debate se dará no âmbito político e não legal. "De acordo com o TSJ, Chávez era presidente e neste caso é o vice-presidente quem assume", afirmou.

'Lutou até o final'

      Espera-se que milhares de pessoas acompanhem os funerais de Hugo Chávez
      Entre os chavistas, o clima na noite desta terça-feira era de consternação.
      "Aqui não há volta atrás. Vamos dar continuidade à revolução e ao legado de Chávez", afirmou à BBC Brasil o contador Ernesto Rui. A seu ver, o chavismo terá a oportunidade de construir uma direção coletiva, menos centralizada na figura presidencial.
      "Chávez era único, era o muro de contenção da direita fascista para a esquerda radical. Agora teremos que nos esforçar para construir uma liderança mais coletiva, com (Nicolás) Maduro", afirmou Rui.
Abalado, o vice-presidente afirmou no fim da noite desta terça-feira que Chávez lutou até o final pela vida. "Até o último segundo ele teve fé na batalha que estava enfrentando", afirmou.
      Maduro disse sentir-se "órfão" e voltou a chamar a população à unidade nacional em defesa da "revolução bolivariana". "Temos que passar por cima das dificuldades, vamos ser dignos herdeiros e filhos do comandante Hugo Chávez. Que não haja fraquezas, que não haja violência, que não haja ódio", afirmou.


Fonte:  http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130306_chavez_dia_seguinte_claudia_jardim_rw.shtml (acesso em 06/03/2013)

terça-feira, 5 de março de 2013

Novas espécies de baratas descobertas


Cientistas descobrem três novas 



espécies de baratas na China


Animais medem 3 centímetros e têm a Ásia como habitat natural.
Também foram encontradas três baratas gigantes na China.


Cientistas descobriram três novas espécies de baratas do gênero Pseudophoraspis na China. Os animais chegam a medir 3 centímetros de comprimento na fase adulta e são alguns dos menores representantes de sua família, segundo os pesquisadores.
Baratas da espécie recém-descoberta 'Pseudophoraspis recurvata' (Foto: Divulgação/ZooKeys)Baratas da espécie recém-descoberta 'Pseudophoraspis recurvata' (Foto: Divulgação/ZooKeys)
As espécies descobertas são aPseudophoraspis clavellata, aPseudophoraspis recurvata e aPseudophoraspis incurvata. Animais do mesmo gênero são encontrados normalmente do sul e no sudeste da Ásia.
O estudo com a descrição das espécies foi publicado na última semana, no periódico científico "ZooKeys". As espécies foram identificadas nas províncias chinesas de Hainan, Yunnan e Guangxi.
Segundo o pesquisador Zongqing Wang, da Universidade Sudoeste, na China, "o local antes estudado como 'habitat' deste tipo de barata era o Vietnã. Mas nós encontramos três novas espécies na China, o que estende o alcance do gênero para o norte [na China]".
Barata da espécie 'Pseudophoraspis incurvata' (Foto: Divulgação/ZooKeys)Barata da espécie 'Pseudophoraspis incurvata'
(Foto: Divulgação/ZooKeys)
Além dos pequenos animais, foram identificadas três espécies de baratas gigantes na China, da família Blaberidae, mas que já eram anteriormente conhecidas.
As fêmeas da maior espécie conhecida da família Blaberidae é a Blaberus giganteus, que chega a medir 10 centímetros de comprimento, de acordo com os pesquisadores.
"As baratas são insetos formidáveis na sua distribuição e biodiversidade, com mais de 4,5 mil espécies conhecidas e grande alcance geográfico", afirmou o estudo, que ressaltou que fósseis mais antigos destes insetos datam de cerca de 400 milhões de anos.
Espécie 'Pseudophoraspis clavellata', de barata recém-descoberta na China (Foto: Divulgação/ZooKeys)Espécie 'Pseudophoraspis clavellata', de barata recém-descoberta na China (Foto: Divulgação/ZooKeys)

Análise dos corpos de D. Pedro I


História revisitada

Análise dos corpos de D. Pedro I e suas duas esposas traz novas informações sobre a família real do Brasil

(acessem o site com todas as fotos)


      Tudo o que precisávamos saber sobre o Brasil imperial já foi estudado e faz parte dos livros de história.   Certo? Errado. Uma pesquisa divulgada em fevereiro mostra que ainda há muito a descobrir sobre o passado do país. Os corpos de Dom Pedro I e suas esposas, Dona Leopoldina e Dona Amélia, foram retirados de seu túmulo e passaram pela análise de uma equipe de cientistas formada por médicos, físicos, arqueólogos e historiadores. Vamos ver o que eles descobriram…

      D. Pedro I, no centro, e suas suas esposas: D. Leopoldina, à esquerda, e D. Amélia, à direita (Imagens: Wikimedia Commons)
   
       A exumação dos cadáveres – ou seja, abertura dos caixões – aconteceu no início de 2012. Os corpos foram retirados da cripta do Monumento à Independência, no Ipiranga, e levados a um hospital. O transporte foi feito durante a madrugada, pois os carros precisavam ir muito devagar para não correr o risco de danificar os restos mortais.
      Os exames, como radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, foram realizados em segredo pelos especialistas, liderados pela arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel, da Universidade de São Paulo. Todo o processo foi feito com muito cuidado, para evitar a danificação do material.
No caixão de D. Pedro I foram encontrados vários símbolos de Portugal, como os brasões. O primeiro imperador brasileiro foi enterrado como um general português, com poucas referências sobre sua atuação no Brasil. Valdirene acredita que isso possa estar relacionado ao fato de ele ter renunciado ao trono em favor de seu filho, D. Pedro II. Outra descoberta foi que o imperador tinha fraturas em quatro costelas, fato que pode ter agravado a tuberculose que o matou aos 36 anos de idade.
      Ao analisar as roupas de D. Leopoldina, cientistas encontraram bordados com fios de ouro, semelhantes àqueles encontrados nas pinturas que mostram a imperatriz no dia de sua coroação (Foto: IF/USP)
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      Ao analisar fios de ouro preservados sobre os corpos, os especialistas descobriram que D. Leopoldina foi enterrada com o mesmo vestido usado em sua coroação. Além disso, eles viram que os brincos da imperatriz eram de ouro e resina.
      Lendas sobre a morte de D. Leopoldina também foram desmentidas. Antes, havia o boato de que ela teria morrido por causa de uma fratura no fêmur durante uma briga com D. Pedro I – dizem as más línguas que o imperador empurrou a esposa da escada. Porém, ao abrirem a urna funerária, os cientistas viram que não havia fraturas em nenhum dos ossos da perna da imperatriz.
      O corpo de D. Amélia, segunda esposa de D. Pedro I, foi um dos mais impressionantes. A imperatriz foi mumificada, preservando cabelos, cílios e unhas – uma cena impressionante. “D. Amélia pediu em seu testamento um funeral simples. No entanto, o testamento só foi aberto depois do velório. Na época, era costume o velório durar três dias e era preciso preparar o corpo, o que o manteve preservado”, explica Valdirene.
      Outro fator que contribuiu para a preservação do corpo foi que o caixão estava muito bem fechado, impedindo a entrada de microrganismos que pudessem auxiliar na decomposição do corpo.


Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/historia-revisitada/ (publicado em 4/03/2013/ acesso em 05/03/2013)

Cobra de duas cabeças (8° e 9° ano)


Muitos nomes, uma só espécie




      Às vezes os cientistas batizam a mesma espécie com nomes diferentes. E aí, como chamar o bicho?

      Dia desses, lembrei-me de quando era criança e aprendi, nas aulas de português, sobre os sinônimos – palavras diferentes que têm significado igual ou muito semelhante. Mas só na universidade descobri que os sinônimos estão presentes também no nome científico das espécies, mas de um jeito diferente. Já dou um exemplo…
      Em 1758, o pesquisador sueco Carl von Linné – o  “pai” da nomenclatura científica de plantas e animais – recebeu em seu gabinete de trabalho um réptil originário da América do Sul, com corpo alongado e sem pernas, coberto com centenas de anéis formados por pequenas escamas quadradas, e com uma estranha cauda curta e grossa, que mais parecia uma segunda cabeça. Era uma espécie nova, ainda desconhecida dos demais pesquisadores, e ele resolveu batizá-la de Amphisbaena alba.

      As anfisbenas são popularmente conhecidas por “cobras-de-duas-cabeças”, devido ao formato de sua cauda. Mas não se engane: cabeça de verdade, esses bichos só têm uma! Além disso, apesar da semelhança, as anfisbenas não são serpentes, mas um grupo aparentado a elas e aos lagartos (Foto: Leandro O. Drummond)
      Nas lendas antigas, amphisbaena (que, em grego, significa “caminhar para os dois lados”) era uma serpente com duas cabeças, uma em cada ponta do corpo, que podia andar tanto para frente quanto para trás. O nome específico alba (“branca”, em latim) se referia à cor dos dois exemplares que Linné usou para descrever a espécie – os quais, na verdade, devem ter ficado esbranquiçados após serem guardados em álcool ou outro líquido conservador, já que, em vida, esse animal tem tons de amarelo e bege.
      Alguns anos depois, em 1791, os cientistas britânicos George Shaw e Frederick Polydore Nodder batizaram uma nova espécie como Amphisbaena rosea, devido à sua cor… rosada! Em 1822, foi a vez de o naturalista alemão Johann Wolf descrever o que ele julgava ser outra espécie – por causa do formato de sua cauda, o animal ganhou o nome de Amphisbaena pachyura (“cauda grossa”, em grego). Três anos mais tarde, o também alemão Maximilian Alexander Philipp, príncipe de Wied-Neuwied, deu o nome de Amphisbaena flavescens (“de cor amarelada”, em latim) a um exemplar que ele tinha capturado no sul da Bahia.
      Sessenta anos se passaram e, em 1885, o americano Edward Drinker Cope descreveu Amphisbaena beniensis, espécie batizada em referência ao rio Beni, na Bolívia.
      Naquele mesmo ano, o belga George Albert Boulenger, renomado especialista do Museu Britânico, chegou à conclusão de que os exemplares de Amphisbaena alba, Amphisbaena rosea, Amphisbaena pachyura e Amphisbaena flavescens pertenciam todos a uma mesma espécie. Esse resultado foi confirmado pelo pesquisador alemão Carl Gans em 1962 – aliás, ele também disse que Amphisbaena beniensis não era uma espécie diferente.
      Portanto, se todos esses nomes científicos se referem a uma só espécie, e não a cinco espécies diferentes como se pensava , isso quer dizer que eles são… sinônimos! Mas por qual nome a espécie deve então ser chamada? A solução é simples: pelo nome mais antigo. Neste caso, Amphisbaena alba, que foi criado em 1758. Este nome passa também a ser conhecido como “sinônimo sênior”, enquanto os outros quatro são “sinônimos juniores”, e não devem mais ser usados para se referir a essa espécie.
      O caso da Amphisbaena alba não é raridade. Muitas espécies batizadas nos séculos passados têm histórias parecidas – e igualmente confusas. Por isso, os sinônimos são muito importantes para os nomes científicos dos seres vivos!


Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/muitos-nomes-uma-so-especie/